Bomba lançada no pátio da DRF Foz do Iguaçu poderia ter causado uma tragédia

Bomba lançada no pátio da DRF Foz do Iguaçu poderia ter causado uma tragédia

O Analista-Tributário Alexandre Barros da Costa estava de plantão na Delegacia da Receita Federal (DRF) de Foz do Iguaçu-PR na madrugada da última sexta-feira, dia 18, quando foi surpreendido pela explosão de uma bomba caseira lançada no Pátio de Custódia de Veículos da unidade. Além do Analista-Tributário, também estavam de plantão dois vigilantes e funcionários terceirizados. 



 


Segundo Alexandre Barros, ele e os dois funcionários haviam acabado de empurrar para o pátio um carro apreendido, que não funcionava, quando a bomba foi lançada pelo lado de fora da unidade. "Foi de madrugada, por volta das três horas, logo após a Polícia Rodoviária Federal entregar três veículos retidos. A bomba caseira foi lançada no pátio da Delegacia causando uma forte explosão. Foi um grande susto. Imediatamente acionei a Polícia Federal (PF) e a Polícia Militar. A Polícia Federal enviou os peritos que fotografaram todo o local e fizeram os demais procedimentos, enquanto a Polícia Militar vasculhava a região na tentativa de localizar o autor do atentado", relatou Alexandre. 


Ainda na sexta-feira, a perícia da PF retornou ao local às 8h para analisar as imagens das câmeras de segurança na tentativa de identificar de qual direção a bomba foi lançada. Para Alexandre, as imagens irão revelar o impacto da bomba e a tragédia que ela poderia provocar se atingisse um dos trabalhadores. "Segundos antes eu, que era o responsável pelo plantão noturno e pelo recebimento dos veículos retidos, e os dois vigilantes tínhamos saído do local onde foi lançada a bomba. Um dos vigilantes que estava mais próximo do local da explosão ficou bastante atordoado com o barulho. Por muito pouco a bomba teria nos atingido", recorda. O Analista-Tributário encaminhou o relatório do ocorrido à chefia imediata.


 


Porte de arma


O relato do Analista-Tributário revela a falta de segurança que impera nas unidades da Receita Federal em zonas de fronteira por todo o País. O episódio reforça ainda mais a necessidade do porte de arma de fogo para os servidores lotados nessas unidades e para aqueles que atuam nas equipes de vigilância e repressão. O fato também é revelador da falta de interesse e compromisso da Administração do órgão para com seus servidores. Enquanto a Receita Federal se omite, marginais estão cada vez mais ousados e dão sinais de que estão dispostos a tudo. O que mais deve ocorrer para que os administradores do órgão tomem uma providência?