Funcionamento 24 horas do Porto de Vitória deve atrair mais investimentos, renda e emprego para o Estado

Funcionamento 24 horas do Porto de Vitória deve atrair mais investimentos, renda e emprego para o Estado

 O superintendente geral de Projetos da Codesa, Eduardo Prata, disse que mesmo diante da falta de pessoal, que atinge todos os órgãos, inclusive a Companhia, é preciso encontrar no País solução para que os portos possam operar de forma plena. “No Brasil todo falta gente. Esse não é um problema apenas da Receita, da Anvisa, da Polícia Federal ou do DNIT. Na verdade precisamos ter vontade política para resolver o problema do País”, acrescentou.


A ampliação no horário de funcionamento da Alfândega do Porto de Vitória vai tornar mais competitivo o sistema portuário do Espírito Santo e permitir a geração de mais emprego e renda no estado. A avaliação foi feita por representantes do governo estadual que participaram na última sexta-feira, dia 19, da Audiência Pública realizada pela Comissão de Infraestrutura e de Logística da Assembleia Legislativa do Espírito Santo que comemoraram a ampliação do horário de funcionamento da Alfândega do Porto de Vitória, que desde a última semana passou a operar 24 horas sem interrupção.


O superintendente geral de Projetos da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa), Eduardo Prata, lembrou que o Porto de Vitória trabalha 24 horas por dia desde 1990. “O portão está aberto, o canal está aberto e está operando 24 horas e não há problema para isso. As entidades anuentes é que não operam nesse ritmo”, disse. Prata disse ainda que mesmo diante da falta de pessoal, que atinge todos os órgãos, inclusive a Codesa, é preciso encontrar no País solução para que os portos possam operar de forma plena. “No Brasil todo falta gente. Esse não é um problema apenas da Receita, da Anvisa, da Polícia Federal ou do DNIT. Na verdade precisamos ter vontade política para resolver o problema do País”, acrescentou.


Ao falar do sistema portuário do Estado, Prata destacou que o Porto de Vitória recebeu mais de R$ 500 milhões em investimentos, o que não ocorria há mais de 30 anos. “Hoje operamos com navios que transportam entre 30 a 35 mil toneladas. Ao final das obras teremos condição de operar com navios com mais 70 mil toneladas, o que permitirá ganho de eficiência e competitividade ao Porto, com possibilidade de ampliação do movimento de importação e exportação. Com o dobro da carga se reduz os custos fixos, o que contribui para ampliar a competitividade do terminal”, disse. Ainda de acordo com Prata, as obras possibilitarão que navios de grande porte possam entrar no porto 24 horas por dia. “O Espírito Santo é uma grande plataforma portuária, responsável por 18% de toda a movimentação de cargas e por 11% dos navios que atracam no País. A arrecadação da Alfândega do Porto de Vitória foi de R$ 6.2 bilhões em impostos federais, atrás apenas de Santos que tem uma arrecadação R$ 15 bilhões. Portanto, o funcionamento desse sistema é essencial para o Espírito Santo, mas também é fundamental para o Brasil. Por isso é importante que todo esse sistema funcione 24 horas”, disse. Prata reforçou a necessidade de todos os agentes envolvidos com o sistema portuário, de operadores, ao órgãos anuentes atuarem em sintonia. “Do que adianta ter um terminal que faz 100 containers por hora se a Alfândega, a Companhia de Docas, a Polícia Federal, a Anvisa não operaram da mesma forma. Se não resolvermos esses entraves e, principalmente, a questão do acesso aos terminais que é um dos problemas mais graves, vamos ficar fora o mercado internacional”, destacou.


O secretário de Obras do Espírito Santo, Fábio Damasceno, listou os principais projetos de infraestrutura no Estado e destacou a importância da ampliação do horário de funcionamento da Aduana no Porto de Vitória. “Temos cobrado, até onde é possível, que a Receita, a Polícia Federal, a praticagem passem a atuar no Porto 24 horas. Temos trabalhado para melhorar a eficiência do porto e torná-lo mais competitivo”, disse. O secretário reforçou ainda o papel essencial da atividade portuária para a economia do Espírito Santo. “Nosso Estado é extremamente dependente da atividade portuária, que inclusive sustenta nossa economia. Temos que trabalhar em favor dessa atividade, modernizá-la e aumentar a competitividade perante o Brasil e com isso o estado e todos poderão crescer juntos", finalizou.