Arrecadação cresce 9,08% no primeiro semestre e chega à R$1,3 trilhão

Arrecadação cresce 9,08% no primeiro semestre e chega à R$1,3 trilhão

A arrecadação do governo federal, descontada a inflação, apresentou um aumento real de 9,08% no primeiro semestre de 2024 (valores corrigidos pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA) segundo dados divulgados nesta quinta-feira, dia 25, pela Receita Federal do Brasil. Esse é o maior valor no período desde 1995, início da série histórica.

A Receita Federal apresentou os principais indicadores macroeconômicos que ajudam a explicar o desempenho da arrecadação de janeiro a junho de 2024. Em comparação no período acumulado, em relação ao ano passado, a atividade industrial cresceu 1,79%; enquanto o consumo vendido pela venda de bens, 3,85%; e as vendas de serviços, 1,39%.

A massa salarial, com a redução crescente do nível de desemprego, obteve crescimento de 11,56% em termos nominais. Já o valor, em dólar, das importações, obteve um acréscimo de 3,3%. Por fim, um decréscimo de -0,42% no o valor (IPCA) das notas fiscais eletrônicas.

Além disso, entre janeiro e junho, o PIS/Pasep e a Cofins totalizaram uma arrecadação de R$ 256,2 bilhões. Já as Receitas Administradas pela Receita Federal, o valor arrecadado no período acumulado de janeiro a junho de 2024, alcançou R$ 1,235 trilhão, registrando acréscimo real de 8,93%.

O desempenho da arrecadação pode ser explicado pelo comportamento dos principais indicadores macroeconômicos que afetam a arrecadação; pelo crescimento da arrecadação do IRRF Capital em decorrência da tributação de fundos de investimentos; pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis; pela tributação dos fundos exclusivos e pela atualização de bens e direitos no exterior (R$ 7,4 bilhões, aproximadamente), chamados offshores.

 

Arrecadação em Junho/2024

A arrecadação da União com impostos e outras receitas teve recorde para o mês de junho, alcançando R$ 208,8 bilhões. Um acréscimo real de 11,02% em relação a junho do ano passado, descontando o IPCA.

Entre os principais indicadores macroeconômicos que ajudam a explicar o desempenho da arrecadação no mês estão o crescimento no consumo de vendas de bens e serviço, além da massa salarial e os valores das importações (em dólar) e das notas fiscais eletrônicas.

Em comparação a junho de 2023, houve um decréscimo de -1,15% na atividade industrial. Enquanto houve um acréscimo no consumo pela venda de bens, de 5%; e 0,80% no consumo de vendas de serviços. A massa salarial obteve crescimento de 12,89% em termos nominais. Já o valor, em dólar, das importações, obteve um acréscimo de 15,58%. Por fim, o valor (IPCA) das notas fiscais eletrônicas obteve um crescimento de 0,43% no referido mês.

A Receita Federal também destacou o desempenho da arrecadação do PIS/Pasep e da Cofins, que totalizou 45,1 bilhões, representando crescimento real de 21,95%.

O desempenho da arrecadação pode ser explicado, segundo o órgão, pelo comportamento da economia, pelo retorno da tributação do PIS/Cofins sobre combustíveis, pela tributação dos fundos exclusivos e pela atualização de bens e direitos no exterior, chamados offshores, bem como pelo diferimento de tributos federais em razão de decretação de calamidade pública no Rio Grande do Sul. (Com informações da Receita Federal do Brasil)