Personalidade

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Nelly Bismara Gomes

Voz calma e jeito pacato, D. Nelly Bismara Gomes, hoje aos 72 de idade, vende saúde. Aposentada da Receita Federal desde 2000, se define como uma trabalhadora aplicada e responsável. Hoje, afastada das atividades de técnica, se dedica a trabalhos voluntários na cidade de Sorocaba-SP, onde nasceu e sempre morou. Viúva, com dois filhos e oito netos, não abre mão da união familiar que é fortalecida com almoços semanais feitos por ela mesma. Com uma infância difícil, com a perda repentina da mãe aos 3 anos de idade, teve que conhecer desde cedo as dificuldades da vida. Segundo a aposentada, isso serviu não só para a vida pessoal, mas, sobretudo para a profissional.
Da infância difícil, a superação dos obstáculos e o surgimento de uma personalidade forte, decidida com pitadas de perfeccionismo. O ingresso na Receita veio em 1950. Em seguida vieram as provas internas para datilógrafa, escrevente, e oficial. Em 1969, com a criação da Receita deu-se a continuidade do trabalho e finalmente, após prestação de concurso, veio o cargo como técnica. "Me dediquei mais ao governo federal que ao interesse próprio", afirma em referência à rádio da família em Sorocaba que deixou de lado para trabalhar na Receita.
Entre outras atividades foi chefe de administração e uma das fundadoras da Unafiso, União dos funcionários da Receita de Sorocaba, associação que com o tema “Faça tudo com amor”, proporcionava aos funcionários convênios com dentistas, óticas e outras lojas credenciados. “Amava o que fazia”, enfatiza D. Nelly. Como funcionária da Receita foram muitos anos de dedicação e paixão pela profissão. “Foi uma época muito gostosa, com união entre funcionários”, enfatiza sobre os tempos em que se dizia viver como uma família. Dos tempos passados, muitos amigos e pessoas queridas ficaram na memória. A exemplo, Olavo Borgatto o Delegado da Receita em Sorocaba, a quem D. Nelly se refere com sincero carinho e respeito, exaltando os tempos de organização frente à delegacia, nos quase 15 anos em que trabalharam juntos.
Depois de 50 anos à frente de postos de chefia, D. Nelly passou a dedicar-se a trabalhos voluntários. Da infância sofrida, a necessidade de ajudar os mais carentes. A iniciativa partiu do marido que era vicentino e se envolvia com trabalhos de assistência às pessoas carentes. Das atividades como voluntária veio o título como cidadã benemérita sorocabana e a força para ajudar sempre mais. De todo o passado, D. Nelly afirma que valeu a pena cada segundo. “Voltaria no tempo e faria tudo de novo”, pontua D. Nelly.