Editorial

EDITORIAL
Diálogo continua aberto

Encerramos mais uma fase nas negociações com o Governo. Um trabalho iniciado há 19 meses. Uma negociação que ressaltou a importância do profissional Técnico para a Receita Federal. Chegamos a um patamar que nos permite continuar trabalhando. Ainda não alcançamos o restabelecimento da correta relação remuneratória com os Auditores-Fiscais, perdida em 1995 pelo ilegal parecer 177 do então Conjur/Mare, mas vemos a proposta de 52% de relação remuneratória como um passo importante.
Nosso trabalho e mobilização garantiu não só a apresentação de uma proposta de fortalecimento da administração tributária federal, mas também uma proposta salarial para a categoria.
A proposta do Governo prevê uma alteração na tabela de vencimentos no percentual de 10% e a criamos a Gratificação de Incentivo a Arrecadação (GIA), no percentual de 45% sobre o maior vencimento básico. Um instrumento que além de melhorar nosso salário será fundamental para a estruturação do projeto de fortalecimento da política tributária do País. Demos mais uma contribuição para que o Brasil trilhe o caminho da justiça fiscal.
A proposta aprovada em assembléia por 71,24% dos mais de 3 mil participantes, elevou o salário inicial da categoria para R$ 3.937, um aumento bruto de R$ 1.400, e o final para R$ 5.182, um reajuste de R$ 1.513,00 bruto.
Apesar da proposta não recuperar as perdas sofridas pela categoria, principalmente em relação à ilegal redução da gratificação de desempenho denominada RAV, representa um marco na luta por justiça salarial. Por isso continuamos a lutar pela equiparação salarial com os agentes da Polícia Federal e pela integral extensão aos aposentados e pensionistas.
Temos consciência de que houve um avanço, mas ainda não conquistamos a desejada Justiça Salarial. O diálogo continua aberto com o Governo, que também tem consciência de que o reajuste é emergencial.
Fizemos nossa parte para manter o diálogo e as negociações em aberto. Agora é a vez do Governo. Vamos acompanhar a implementação da proposta mediante Medida Provisória.
Avançamos, mas não o suficiente. Mostramos força e união em momentos decisivos para a categoria. Esse processo de luta fortaleceu nossa categoria e mostrou ao Governo e a sociedade o importante papel que os Técnicos desempenham no País. Nossa união foi fundamental para os avanços obtidos, portanto, temos que continuar juntos e fortes.

Boa leitura a todos.

Reynaldo Puggi
Presidente do SINDIRECEITA