Greve do dia 1º mobilizou
mais de 90% da categoria

Em mais uma prova da disposição em negociar com o Governo, os Técnicos da Receita Federal retornaram ao trabalho após a decretação de greve no dia 1º de abril, que teve adesão de 90% da categoria em todo o País. O gesto sinalizou a disposição de diálogo e foi aprovada em assembléia. Os Técnicos concederam um novo prazo para que a Secretaria da Receita Federal (SRF) pudesse finalizar a proposta de reajuste salarial.
O presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos da Receita Federal (SINDIRECEITA), Reynaldo Puggi, avalia que apesar dos avanços contidos na proposta de melhoria da instituição, a questão remuneratória não foi contemplada. Puggi lembra que o SINDIRECEITA mantém a disposição de aprovar a proposta inicial de equiparação com os agentes da Polícia Federal. Em sua opinião, só é possível negociar uma proposta diferente da original, se esta apresentar redução das perdas da categoria e avançar na relação remuneratória entre Técnicos e Auditores. “Não foi o que vimos na proposta salarial apresentada inicialmente pelo governo. Por isso não aceitamos o percentual de gratificação”, acrescenta. As negociações prosseguem, mas com o foco direcionado para a recomposição da remuneração e o compromisso com os aposentados. A proposta salarial deve contemplar os Técnicos em sua plenitude e promover o resgate da dignidade profissional de ativos e aposentados.
O movimento do dia 1º foi intenso e marcado por manifestações em todas as unidades do país. Em cada unidade da Receita Federal, centros de atendimento, nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados os Técnicos cruzaram os braços, mostrando sua importância para o funcionamento da Receita Federal. A manifestação da categoria, mais uma vez, extrapolou os corredores do Ministério da Fazenda, mostrando à sociedade que a luta dos Técnicos não se resume apenas à conquista de uma justa e digna remuneração. A categoria está vivenciando um dos mais importantes momentos de sua história. Em 1995 sofremos uma redução de 56% da remuneração, mas não conseguimos reagir à altura porque não estávamos suficientemente organizados. Mas em 2004 tudo será diferente. Contamos com forte base parlamentar de apoio, com canais diretos de negociação e uma categoria nove anos mais experiente. Parabéns Técnicos da Receita Federal! Estamos no caminho certo para a tão sonhada Receita Federal Justa e Forte e com Justiça Salarial!

Vitória
Na capital do Espírito Santo a paralisação foi total. A categoria esteve reunida durante todo o dia. Pela manhã, foi oferecido aos contribuintes café no saguão do Ed. do Ministério da Fazenda. À tarde, os colegas realizaram assembléia para deliberar sobre os indicativos da AGNU. A imprensa deu ampla divulgação ao movimento. O Delegado Sindical Bruno Zampieri foi entrevistado.

Juazeiro do Norte
O movimento também foi intenso nas agências. Na unidade os Técnicos cruzaram os braços em frente a sede da Receita Federal.

Belém/PA
O movimento do dia 1° de abril começou com a maior assembléia já ocorrida na jurisdição. Os Técnicos se reuniram no auditório do prédio do Ministério da Fazenda. O delegado sindical de Belém, Augusto Coroa, disse que “o mais importante de tudo é que a categoria demonstra um grande espírito de luta”. Coroa disse ainda que os colegas de Belém estão dispostos lutar pelo reconhecimento do Técnico e da Receita Federal.

Ceará
Os colegas do Ceará engrossaram o movimento e paralisaram todas as atividades, contribuindo para a conquista de uma Receita Federal Justa e Forte e da busca pela justiça salarial imediata. Para o Delegado Sindical, Eunilton Peixoto ressaltou alto grau de disciplina da categoria. “Mas que fique claro: se o governo não resolver a questão salarial, os Técnicos voltarão à greve”, disse.

São Paulo
Na capital, a adesão ao movimento foi total. Todos os seis Centros de Atendimento foram fechados. Dos 5.000 atendimentos diários efetuados na capital, foram efetuados apenas 192. Para José Henrique Pereira, Coordenador Estadual, tratou-se de um momento histórico pelo maior engajamento da categoria no Estado. “O pessoal está realmente indignado pelo não cumprimento do acordo negociado com o governo. Sem o restabelecimento da correta remuneração, voltaremos à greve”, diz.

Presidente Prudente
Adesão foi de 100% na DRF de Presidente Prudente. A repartição funcionou de forma precária, sem a presença dos Técnicos. Após Assembléia, os colegas informaram ao Delegado da DRF, que permaneceriam em greve até a decisão final da categoria. Foram concedidas entrevista aos jornais “O IMPARCIAL” e “OESTE NOTÍCIAS”, as rádios CBN, Presidente Prudente AM, e a TV Bandeirantes

Santos
Em Santos, o mais importante porto do País, a greve contou com a participação de todos os colegas do Município. Todos os Técnicos lotados em aderiram à Greve. Os colegas participaram também de um ato público realizado por diversas categorias do serviço público federal como em frente à Alfândega.

Taubaté – São Paulo
Durante a paralisação os colegas se reuniram para deliberar sobre os indicativos da AGNU. O movimento teve ampla repercussão na mídia local. “Não aquentamos mais aguardar pela solução. Votamos pela suspensão a pedido dos colegas”, disse o Delegado Sindical Substituto, Antonio Bernardino.

Osasco
Os Técnicos de Osasco e Taboão também paralisarão as atividades no dia 1º. A adesão ao movimento de greve foi total.

Manaus
Atendendo à convocação da DEN 49 Técnicos da Delegacia Sindical de Manaus participaram da AGNU, no dia 1° de abril. A assembléia foi conjunta com os Auditores.
Os colegas de Manaus não aceitaram a proposta de 10 dias de abertura de negociação com o governo. Para eles, o prazo deve ser de no máximo 05 dias, suspendendo assim, temporariamente, a greve nacional. Os Técnicos concederam entrevistas as afiliadas da Globo (TV Amazonas), Bandeirantes (TV Rio Negro) e aos jornais do Comércio, A crítica, Diário do Amazonas e Estado do Amazonas.

Passo Fundo - RS
No município de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul a paralisação dos Técnicos da Receita Federal atingiu 100%. As agências juridicionadas de Carazinho, Frederico Westphalen, Palmeira das Missões, Erechim e Lagoa Vermelha também não funcionaram no dia 1º de abril.