Júlio Battisti é destaque na área de tecnologia

Júlio Battisti é
destaque na área de tecnologia

Autor de livros e colaborador de sites, Técnico defende mais investimentos na formação humana
O Brasil é pioneiro no mundo, no recebimento de declarações do Imposto de Renda pela internet. O sistema desenvolvido e utilizado pela Receita Federal é inclusive superior ao hoje disponível aos contribuintes norte-americanos. Em poucos países do mundo o contribuinte consegue entregar sua declaração de renda no ano e receber poucos meses depois a restituição em sua conta bancária.
A Receita Federal é destaque também no desenvolvimento de ferramentas de fiscalização, como o cruzamento de dados da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira). Recentemente uma comitiva da China conheceu os sistemas utilizados pela Secretaria da Receita Federal e o processo de atendimento aos contribuintes brasileiros.
Mas todo esse sucesso, que rendeu inclusive premiações internacionais à SRF, é fruto do intenso trabalho, pesquisa e desenvolvimento de seus servidores. Em pontos estratégicos do setor de tecnologia, a Receita Federal conta com Técnicos que graças a sua competência e determinação conseguem, a cada ano, melhorar o atendimento aos contribuintes e ampliar a eficácia dos sistemas de fiscalização.
Um dos integrantes dessa equipe, o Técnico Júlio Battisti, ingressou na SRF em novembro de 1995. Aprovado no concurso de 1994, ele começou a trabalhar em Santa Maria, no interior do Rio Grande do Sul. Ele foi aprovado para preencher uma das 20 vagas disponíveis para Delegacia da Receita da cidade.
Ao tomar posse, em 10 de Novembro de 1995, Júlio Battisti lembra que assumiu a Seção de Tecnologia e ficou responsável pela área de Informática, Administração e gerência da rede local. Função que exerce até hoje. Além de todas essas atividades, Battisti também elabora materiais e ministra treinamento para os colegas. Ele ajudou na formação e aperfeiçoamento de colegas em diversas unidades da SRF.
Quando ingressou na Receita Federal, Battisti lembra que na delegacia de Santa Maria havia apenas uma rede local com 12 estações de trabalho. Nessa época, as estações rodavam o Windows 3.11 e os funcionários tinham acesso aos sistemas do Grande Porte via um programa Emulador de Terminal. Júlio Battisti ressalta que foi justamente nesse período que se iniciou um trabalho de aquisição de novos equipamentos, melhoria dos links de comunicação, aquisição de novas licenças de software e implementação de servidores mais avançados. "Hoje podemos dizer que a Receita Federal está muito bem equipada em termos de hardware e software para uso nas estações de trabalho", diz.
Mas ele ressalta que a evolução não se resumiu as melhorias tecnológicas. Houve também uma evolução profissional de todo o corpo funcional. "As pessoas estão perfeitamente ambientadas e conscientes da necessidade do melhor uso possível dos recursos de informática. Agora entramos em um processo onde o mais importante é treinar e qualificar ainda mais os colegas, para que possamos usar o máximo dos recursos", diz.
Júlio Battisti acredita que é preciso investir ainda mais em treinamentos, para mudar paradigmas e "quebrar" processos de trabalhos antigos. "É hora de intensificar a cultura do uso dos meios disponíveis, para otimização dos resultados", acrescenta.

Processo de aperfeiçoamento deve ser contínuo
Apesar dos avanços, ainda é preciso evoluir. Há quase dez anos na Receita Federal, o Técnico Júlio Battisti diz que a informação é a principal matéria prima da Receita Federal. E foi na área de tecnologia da informação que ocorreu o grande avanço. Mas ele é enfático em dizer que ainda há muito que trabalhar. "É preciso integrar ainda mais os sistemas e tornar o acesso mais ágil e fácil", comenta.
Em sua avaliação a instituição tem vital importância para a Administração Pública e por isso é fundamental criar um plano de treinamento, com ênfase não só nas áreas específicas de conhecimento, mas também no desenvolvimento humano, como liderança, convivência. "O ser humano é fundamental e nenhuma tecnologia será capaz de gerar resultados se não houver por trás pessoas criando e dando o máximo de si. Para isso é fundamental a criação de um ambiente de trabalho extremamente amistoso, que incentive a criatividade, a participação. Temos um bom ambiente de trabalho, mas ainda existe espaço para avançarmos bastante nesta área", analisa.
Como servidor, Júlio Battisti gostaria de ver uma Receita Federal preocupada, constantemente, em revisar seus processos e métodos de trabalho, tendo uma verdadeira "obsessão" pela simplificação dos processos de trabalho, pela melhoria do quadro de pessoal.
Battisti acrescenta que vê colegas de todas as categorias dando o máximo de si, muitas vezes trabalhando além do horário, estudando, procurando maneiras melhores e mais eficientes de trabalhar. "A eficiência vem das pessoas e não de máquinas. Esta consciência é fundamental", ressalta.
Em sua opinião, todo o processo de aprendizado já rendeu bons frutos para os Técnicos dentro e fora da Receita Federal. "Como classe eu acredito que reconhecidamente, os Técnicos apresentam excelentes níveis de conhecimento e desempenho", finaliza.

Formação
Antes de ingressar na SRF, Júlio Battisti trabalhava como escritor, atividade que continua exercendo. Battisti tem oito livros publicados, todos na área de informática. Paralelamente às suas atividades na Receita Federal o colega também escreve para vários site entre eles o site pessoal que mantém (
www.juliobattisti.com.br).
Battisti se formou em Engenharia Elétrica pela UFSM, mas desde o princípio sabia que não exerceria a profissão. Sua escolha foi motivada pelo aprendizado das disciplinas de Cálculo e Física, por acreditar que estas disciplinas fornecem uma base fundamental, a qual é de grande ajuda para qualquer área de atuação. "Acredito que esta tenha sido a principal ajuda da minha formação, para que eu pudesse ser aprovado no concurso da SRF", finaliza.