Governo sinaliza com o não

cumprimento do acordo

Em reunião na sexta-feira passada entre o Sindireceita, o Secretário da Receita Federal e o Subchefe de Ação Governamental da Casa Civil, ficou evidente que não há, por parte dos atuais interlocutores do governo, uma sinalização clara do cumprimento do acordo feito entre o Sindireceita e o Ministro da Fazenda.

A proposta apresentada, no que diz respeito às atribuições, não resolve os problemas existentes na Receita Federal e agravará ainda mais o clima de rivalidade dentro da estrutura.

Os Técnicos da Receita Federal ao suspender as paralisações, assim procederam pois tinham um compromisso com o governo de pauta mínima. Ao sinalizar negativamente a implementação desta pauta mínima, nossa categoria deixa de ter que cumprir também com sua parte no acordo. Desta forma, a responsabilidade pelo que possa acontecer de agora em diante passa a ser exclusivamente da administração.

O detalhamento da proposta recebida, bem como os próximos passos farão parte da análise de conjuntura, que será liberada hoje a tarde na área restrita do site.

Receita divulga nota ? A Receita Federal divulgou na sexta-feira nota com o título ?Receita Federal do Brasil esclarece equívocos sobre MP 258?. Infelizmente tal nota nada diz sobre a necessidade de se resolver os conflitos internos na instituição. Este fato evidencia ainda mais a falta de compromisso de nossos dirigentes em se resolver estas questões. Enquanto na Receita Federal tiver servidores dispostos a realizar todas as atividades, sem reconhecimento, continuaremos convivendo com este clima antagônico dentro da instituição.

Veja a nota divulgada pela assessoria da RFB

Chega de hipocrisia, a verdade

falará mais alto

Na semana passada vimos uma investida desesperada da ?entidade do contra? no intuito de desqualificar os pleitos dos Técnicos da Receita Federal e de outras categorias que lutam pelo aperfeiçoamento da MP 258. Quanto a nós, Técnicos da Carreira Auditoria da Receita Federal, a nossa história derruba quaisquer argumentos falaciosos. Desde o início de 1985, portanto a mais de 20 (vinte) anos, compomos juntamente com os colegas fiscais da Receita Federal, a Carreira Auditoria da Receita Federal. É fato que, ao ser criada por meio do Decreto-Lei 2.225/85, a então Carreira Auditoria do Tesouro Nacional teve como premissa em sua origem a existência de dois cargos distintos em uma só carreira, inclusive com a previsão constitucional de comunicação entre os cargos de técnicos e fiscais. Igualmente é fato que desde o primeiro concurso para ingresso na Carreira Auditoria do Tesouro Nacional, as disciplinas constantes no edital para o cargo de Técnico eram de nível superior, dentre estas: Direito Tributário, Estatística, Matemática Financeira, Direito Administrativo, Contabilidade, e outras.

Em virtude do elevado nível de exigência do concurso para Técnico, inclusive com a figura do curso de formação ministrado pela ESAF, a grande maioria dos aprovados tinha nível superior estes fatos repetiram-se nos diversos concursos posteriores a 1985, e, em 1999, o governo federal de uma maneira sábia aprimorou a forma de seleção para o cargo de Técnico e passou a exigir como forma de ingresso o nível superior. Vale ressaltar que já em 1999, a Coordenação de Recursos Humanos da SRF, atendendo pedido do então Secretário da Receita Federal na época, informou que naquele momento 94% (noventa e quatro por cento) dos atuais técnicos em atividade tinham nível superior concluído. Ao longo dos vinte anos de existência da Carreira Auditoria da Receita Federal, os técnicos sempre desempenharam atividades de alta complexidade, não é à toa que recentemente foi divulgado que dos quase 2.500 cargos de chefias da Receita Federal, mais de 1.800 encontram-se nas mãos dos técnicos sempre tivemos colegas exercendo cargos comissionados de Delegados, Inspetores, Chefes de Agências, de Divisões de Superintendência, de Centros de Atendimentos aos Contribuintes, dentre outros.

É fato que, em todo este tempo, muitos Técnicos da Receita Federal têm sido excelentes instrutores nas disciplinas constantes na segunda etapa dos concursos públicos para os cargos que compõem a Carreira Auditoria da Receita Federal (TRF e AFRF). Desafiamos a qualquer fiscal que ingressou na Receita Federal nos últimos vinte anos a dizer que não teve pelo menos um Técnico como instrutor no seu curso de formação. Portanto, contra fatos não existem argumentos falaciosos que resistam e mais dia menos dia a verdade tinha que vir à tona. Agora veio.

Convocações para as AGNUs

Confira abaixo a data, local e horário da Assembléia Geral Nacional Unificada da sua Delegacia Sindical.