Campanha “Brasil sem Crise” é destaque na matéria “O pato que não podemos pagar”
O autor do site Hum Historiador, por meio da matéria intitulada “O pato que não podemos pagar [e a FIESP não quer que você saiba]”, cita em seu texto a Campanha dos Analistas-Tributários “Brasil sem Crise”, que conta com uma lista de medidas alternativas que melhorariam a situação das contas públicas em tempos de dificuldade, sem necessidade de mudanças legislativas ou custos extraordinários.
Na ocasião, José Rogério Beier, autor da matéria, destaca que a sonegação de impostos é um dos grandes problemas desse país. Ele aponta o número de pessoas jurídicas (68 mil) com dívidas superiores a R$ 1 milhão e compara o valor do rombo (R$ 1,17 trilhão) ao valor aproximado do PIB da Dinamarca (2014).
O autor ainda revela dados da Procuradoria Geral da Fazenda Nacional, que corrobora com o estudo do Sindireceita e destaca que os setores que mais devem à União são bancos, mineradoras e empresas de energia elétrica. “Destes, 90% são grandes empresas. Mais que isso: dois terços dos valores devidos aos cofres da União estão concentrados em 1% dos devedores. Colocando em números, os maiores devedores são a indústria (R$ 236,5 bilhões), o comércio (163,5 bilhões) e o sistema financeiro (R$ 89,3 bilhões). Também devem à União empresas de mídia (R$ 10,8 bilhões), educação (R$ 10,5 bilhões) e extrativismo (R$ 44,1 bilhões)”, aponta a matéria.
O Hum Historiador é um site que dispõe de comentários críticos sobre os acontecimentos mais recentes no Brasil e no mundo, com o objetivo de trazer um registro de como o cotidiano é percebido pelas lentes de um historiador. O autor do site é José Rogério Beier, mestre em História Social pela Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo e doutorando do Programa de Pós-graduação em História Econômica por essa mesma instituição.
A citação só comprova a relevância do tema ao País. O aumento da carga tributária, a criação de novos impostos, o adiamento do reajuste dos servidores são exemplos de medidas que poderiam ser evitadas se a Receita Federal funcionasse de maneira mais eficaz. A ideia dos Analistas-Tributários é justamente otimizar a arrecadação de impostos pois, somente no primeiro semestre de 2015, o país perdeu R$ 258 bilhões em tributos sonegados, de acordo com o Sonegômetro, ferramenta criada pelo Sindicato Nacional dos Procuradores da Fazenda Nacional (Sinprofaz). Ou seja, se a cobrança fosse feita de maneira eficaz, em poucos meses renderiam o que a CPMF seria capaz – R$ 32 bilhões.
Veja aqui a matéria na íntegra.
O estudo completo pode ser lido e compartilhado aqui.