Sindireceita segue na linha de ocupar os espaços onde estiver em debate o plano de governo dos presidenciáveis
Foi convidado, em decorrência de participação na Frente Parlamentar Mista, na Câmara dos Deputados do seminário Resistência Travessia e Esperança que debateu o trabalho, emprego e renda na centralidade do projeto de desenvolvimento do país.
O diretor de Formação Sindical e Relações Intersindicais do Sindireceita, Geraldo Paes Pessoa participou na manhã desta terça-feira, dia 22, do seminário realizado na Câmara dos Deputados.
O evento foi realizado pelo Partido dos Trabalhadores, pela bancada do PT na Câmara e no Senado, pelo Instituto Lula, e pela Fundação Perseu Abramo. Durante o seminário foram debatidos temas como as desigualdades e transformações no mundo do trabalho, a centralidade do trabalho no Brasil plural, os desafios e agenda do trabalho e a importância das políticas públicas para geração de emprego, renda e redução das desigualdades no país.
Ao participar dos debates, o diretor de Formação Sindical e Relações Intersindicais do Sindireceita, Geraldo Paes Pessoa agradeceu a oportunidade e destacou dois pontos principais nas discussões: o problema do acesso ao mercado de trabalho, e no pós acesso a questão das desigualdades entre os que estão no mercado de trabalho.
Geraldo Paes apresentou os dados da pesquisa “Diagnóstico do Trabalho no Brasil”, que foi produzida pelo grupo de estudos tributários do Sindireceita e que apontou que o desemprego real no Brasil pode chegar ao dobro dos números oficiais. “Em relação ao acesso, o Sindicato publicou um estudo que revela que mais de 55% da força de trabalho ou estava desempregada ou na informalidade. Devemos também observar que 90% dos 13 milhões de microempreendedores individuais não conseguem arcar com a contribuição mínima para a Previdência. Portanto, são na verdade, 13 milhões de desempregados tentando alguma alternativa de renda”, acrescentou.
Geraldo Paes também enalteceu a capacidade de resistência do movimento sindical e a necessidade de fortalecer a organização sindical, em especial dos sindicatos públicos onde a pauta a ser incluída deveria contemplar a negociação coletiva e a data base. Tal circunstância poderia fortalecer a unidade entre as categorias, a exemplo do que representou a mobilização contra a reforma administrativa.
Geraldo Paes chama a atenção para a necessidade de fortalecimento do movimento sindical, pois sindicatos representam a resistência aos ataques aos trabalhadores, pois foi nos sindicatos que “a população ainda encontrou guarida contra os ataques aos direitos básicos de todos os que mais precisam das estruturas do estado”.
A reforma trabalhista destruiu o custeio de muitas entidades sindicais, que seriam o primeiro foco de proteção e resistência dos trabalhadores. Hoje, os únicos sindicais com capacidade de resistência para ajudar a proteger o mundo do trabalho são os dos servidores públicos, que passaram a ser atacados com a reforma administrativa. Conseguimos uma unidade na reforma administrativa, mas precisamos avançar para aprimorarmos a unidade de organização e ação, que poderá ser alcançada por meio da instituição de uma data base e de um regime jurídico que trate da negociação coletiva, que seriam fatores unificadores destas entidades sindicais que passariam a necessariamente agir em conjunto”, acrescentou.
O debate foi conduzido pelo coordenador do Núcleo do Trabalho do PT, deputado Rogério Correia (PT-MG). “Emprego, trabalho e renda para retomarmos o crescimento econômico do Brasil é um dos principais desafios que nós teremos no futuro”, afirmou Correia. O evento também foi transmitido de forma virtual e contou com a participação de mais de 300 dirigentes sindicais e pesquisadores de todo o país.
Correia reiterou que a retomada do crescimento é um grande desafio, e o seminário tem por objetivo reunir trabalhadores, sindicatos e todos que atuam no mundo do trabalho e lutam por dias melhores.
A Analista - Tributária Sílvia Felismino, diretora da Pública Central do Servidor também participou do evento.