Entidades representativas dos cargos da Carreira Tributária e Aduaneira da RFB unem forças na mobilização pelo reajuste do vencimento básico
Encontro promovido pela ANFIP serviu para as diretorias trocarem informações sobre a mobilização das categorias.
Dirigentes do Sindireceita, Sindifisco e ANFIP reuniram-se na tarde dessa terça-feira, dia 25, para trocarem informações sobre a mobilização dos Analistas-Tributários e Auditores-Fiscais. O encontro ocorreu na sede da ANFIP, em Brasília/DF, e foi promovido pela direção da entidade.
Na ocasião, os representantes das entidades apresentaram um breve relato sobre as mobilizações realizadas pelas categorias. O Sindireceita informou que estava com uma Assembleia Geral Nacional Unificada (AGNU) em andamento e que a recomendação da Diretoria Executiva Nacional (DEN), nesse momento, é pela continuidade da paralisação às quintas-feiras.
O presidente do Sindireceita, Thales Freitas, também relatou que a vontade da DEN é encaminhar o acirramento da mobilização dos Analistas-Tributários, mas que essa atitude tem que ser tomada em conjunto com o Conselho Nacional de Representantes Estaduais (CNRE) do Sindicato.
Os dirigentes das três entidades concordam que o ponto de maior visibilidade das mobilizações é a Aduana e que os reflexos materiais das paralisações nos tributos internos demoram um pouco mais a serem sentidos, mas que a pressão política é imediata. Nesse sentido, o presidente do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco), Dão Real Pereira, relatou que a indignação dos filiados é grande, face à expressiva defasagem do vencimento básico da categoria e que o mínimo aceitável seria a isonomia de tratamento com a AGU.
Além do reajuste no vencimento básico, um outro ponto de convergência entre as entidades é o entendimento da urgência de uma solução para a escada de saída do Bônus de Eficiência.
Miguel Arcanjo, presidente da Associação Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (ANFIP) e anfitrião do encontro, concordou com a preocupação das entidades em relação aos colegas inativos.
Na avaliação dos dirigentes, o maior ponto de resistência aos pleitos dos integrantes da Carreira Tributária e Aduaneira da RFB está no Ministério da Gestão e Inovação (MGI), que se nega a abrir negociação. Todos os dirigentes se mostraram, mais uma vez, indignados com a quebra dos acordos por parte do governo.
Segundo avaliação geral dos presentes, o Ministério da Fazenda (MF) precisa se envolver e encontrar uma forma de vencer as resistências que vêm do outro lado da Esplanada. A Receita Federal, por sua vez, precisa estar com funcionamento pleno e servidores motivados para que o MF possa dar andamento a pautas importantes para o país, como a Reforma Tributária sobre o patrimônio e o cumprimento dos parâmetros do Arcabouço Fiscal.
Thales Freitas ressaltou ainda que o encontro demonstra que as três entidades estão comprometidas em fortalecer o movimento em prol das pautas convergentes. O presidente do Sindireceita também lembrou a importância de se valorizar e defender o papel estratégico da Administração Tributária no fortalecimento do orçamento público.
O Sindireceita agradece à ANFIP, decana das entidades de classe da RFB, pela promoção do encontro. A reunião demonstrou que a pacificação dos conflitos internos tem o potencial de fortalecer a Receita Federal, levando o Órgão a outro patamar dentro do serviço público. Uma Receita forte é boa para o Brasil e para seus servidores.
Participaram da reunião: representando o Sindireceita, Thales Freitas (presidente); Odair Ambrosio (diretor de Formação Sindical e Relações Intersindicais); Fabiano Rebelo (diretor de Estudos Técnicos); e Afrânio de Azevedo (diretor suplente). Pelo Sindifisco Nacional, Dão Real (presidente) e Samuel Hilário (1º vice-presidente). Pela ANFIP, Miguel Arcanjo (presidente); Gilberto Pereira (vice-presidente executivo); e Crésio de Freitas (vice-presidente de Assuntos Fiscais).