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Novembro Azul

Mês de combate ao câncer de próstata

1 de novembro de 2025 às 08:58
Atualizado: 4 de novembro de 2025 às 11:55

Novembro é o mês dedicado à conscientização sobre o câncer de próstata, com a campanha Novembro Azul, que busca incentivar os homens a cuidarem da saúde e realizarem exames preventivos.

No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens, representando cerca de 29% dos casos de câncer, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Somente em 2023, foram estimados mais de 70 mil novos casos no país, o que ressalta a importância de iniciativas que promovam a conscientização e o diagnóstico precoce. No Nordeste, a situação também é alarmante. Dados mostram que a taxa de mortalidade é significativa, com uma média de aproximadamente 15,9 mortes a cada 100 mil habitantes, superior à média nacional.

Entre os principais sintomas do câncer de próstata estão a dificuldade para urinar, sensação de bexiga cheia mesmo após ir ao banheiro, diminuição do jato de urina, dores na região pélvica e presença de sangue na urina ou no sêmen. No entanto, muitos casos são assintomáticos nas fases iniciais, o que torna o diagnóstico precoce ainda mais importante. Homens que apresentarem qualquer um desses sinais devem procurar um urologista, médico especialista em saúde masculina, que poderá realizar os exames necessários para avaliar a presença da doença e orientar sobre o tratamento adequado. O câncer de próstata, quando detectado precocemente, tem grandes chances de cura.

O Sindireceita se une à campanha Novembro Azul para conscientizar sobre o câncer de próstata e reforça a importância do autocuidado, do diagnóstico precoce e do acesso à saúde entre os colaboradores e a população.

A recomendação médica é que, a partir dos 50 anos, homens realizem exames anuais de toque retal e dosagem de PSA (Antígeno Prostático Específico). Para aqueles com histórico familiar da doença, recomenda-se iniciar o acompanhamento a partir dos 45 anos.


Perguntas mais frequentes sobre o câncer de próstata

O câncer de próstata é o segundo tipo de câncer mais comum entre os homens no Brasil, superado apenas pelo câncer de pele não melanoma. A informação e o diagnóstico precoce são as ferramentas mais eficazes para o tratamento e a obtenção de altas taxas de cura.

A seguir, apresentamos um guia de perguntas e respostas (FAQ) que aborda as principais dúvidas sobre a doença, seus fatores de risco, métodos de rastreamento e opções terapêuticas, com base em fontes médicas e urológicas confiáveis.

1. O que é a próstata e qual a sua função?

A próstata é uma glândula do sistema reprodutor masculino, localizada na região pélvica, logo abaixo da bexiga e à frente do reto. Possui um formato e tamanho semelhantes aos de uma noz e é atravessada pela uretra, o canal que transporta a urina para fora do corpo.

Sua principal função é produzir uma secreção fluida que constitui parte do sêmen. Este fluido é crucial para a nutrição e o transporte dos espermatozoides durante a ejaculação.

2. O que é o câncer de próstata e qual a sua incidência?

O câncer de próstata é caracterizado pelo crescimento descontrolado e maligno de células na glândula prostática.

É uma condição de alta incidência. Estima-se que um em cada seis homens desenvolverá a doença ao longo da vida [1]. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) projeta dezenas de milhares de novos casos anualmente, reforçando a importância das campanhas de conscientização, como o Novembro Azul.

3. Quais são os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença?

O risco de desenvolver câncer de próstata está associado a diversos fatores, sendo os principais:

Fator de Risco

Detalhamento

Idade

É o fator de risco mais significativo. O risco aumenta drasticamente após os 50 anos, e a maioria dos casos é diagnosticada em homens com mais de 65 anos [1].

Histórico Familiar

Homens com parentes de primeiro grau (pai, irmão) que tiveram câncer de próstata, especialmente antes dos 60 anos, possuem um risco elevado.

Raça

Homens negros apresentam maior incidência da doença e, frequentemente, em estágios mais agressivos.

4. O câncer de próstata apresenta sintomas na fase inicial?

Na grande maioria dos casos, o câncer de próstata é silencioso e totalmente assintomático em sua fase inicial e localizada [2]. É justamente nessa fase que as chances de cura são mais elevadas.

Por essa razão, a realização dos exames de rastreamento de rotina, mesmo na ausência de sintomas, é crucial para a detecção precoce.

5. Quais sintomas podem indicar um estágio mais avançado da doença?

Quando os sintomas surgem, eles geralmente estão relacionados ao crescimento do tumor, que pode comprimir a uretra ou invadir estruturas vizinhas. Tais sintomas podem ser classificados em obstrutivos e irritativos:

Sintomas Obstrutivos (Dificuldade de Esvaziamento)

Sintomas Irritativos (Dificuldade de Armazenamento)

Diminuição da força e calibre do jato urinário

Aumento da frequência urinária (micção frequente)

Dificuldade para iniciar a micção

Urgência miccional (vontade súbita e intensa de urinar)

Sensação de esvaziamento incompleto da bexiga

Aumento da frequência urinária noturna (nictúria)

Gotejamento após a micção

Incontinência urinária

Em estágios muito avançados, a doença pode causar dor óssea (principalmente na coluna, quadris e costelas), sangue na urina (hematúria) ou no sêmen, e fraqueza [1].

6. Quando o rastreamento deve ser iniciado?

A Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) recomenda que a avaliação para detecção precoce seja iniciada com base nos fatores de risco do paciente [1]:

A partir dos 50 anos para homens sem fatores de risco.

A partir dos 45 anos para homens com fatores de risco (histórico familiar de câncer de próstata em parentes de primeiro grau antes dos 60 anos ou raça negra).

A rotina de avaliação deve ser sempre discutida e definida em conjunto com um urologista.

7. Quais são os exames utilizados para o diagnóstico precoce?

O rastreamento é realizado por meio da combinação de dois exames principais:

1.Exame de Sangue PSA (Antígeno Prostático Específico): O PSA é uma proteína produzida pela próstata. Níveis elevados podem sugerir a presença de câncer, mas também podem ser causados por condições benignas, como a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) ou infecções.

2.Toque Retal: O urologista avalia o tamanho, a consistência e a presença de nódulos ou áreas endurecidas na próstata. É um exame rápido e indispensável, pois cerca de 20% dos tumores são detectados apenas pelo toque, mesmo com o PSA normal [1].

Em caso de alterações em um ou ambos os exames, o médico pode solicitar uma biópsia da próstata para confirmar o diagnóstico.

8. Por que o toque retal é um exame fundamental?

O toque retal é um exame fundamental porque complementa a avaliação do PSA. Ele permite ao médico identificar alterações físicas na glândula que podem ser malignas e que, por vezes, não elevam o nível de PSA no sangue.

É um procedimento rápido e deve ser encarado como um ato de cuidado preventivo com a saúde, superando o preconceito cultural que ainda o cerca.

9. Quais são as opções de tratamento disponíveis?

O tratamento é altamente individualizado e depende de fatores como o estágio da doença, a agressividade do tumor (escore de Gleason), a idade e o estado geral de saúde do paciente. As principais opções incluem [3]:

Vigilância Ativa: Indicada para tumores de baixo risco e volume. Consiste no monitoramento rigoroso do paciente com exames periódicos, evitando ou adiando tratamentos mais invasivos e seus potenciais efeitos colaterais.

Cirurgia (Prostatectomia Radical): Remoção total da próstata e, em alguns casos, dos linfonodos próximos. Pode ser realizada por técnicas minimamente invasivas, como a laparoscopia ou a cirurgia robótica.

Radioterapia: Utilização de radiação para destruir as células cancerosas. Pode ser externa (feixes de radiação) ou interna (braquiterapia, com implante de sementes radioativas).

Terapia Hormonal: Visa bloquear a ação da testosterona, que estimula o crescimento das células cancerosas. É frequentemente usada em casos avançados ou em combinação com a radioterapia.

Quimioterapia: Geralmente reservada para casos em que a doença se espalhou para outras partes do corpo (metastática).

10. Qual a chance de cura do câncer de próstata?

A chance de cura do câncer de próstata é extremamente alta quando a doença é diagnosticada em sua fase inicial e ainda está localizada na próstata. Nesses casos, a taxa de cura pode chegar a 98% [4].

Este dado sublinha a importância crítica da detecção precoce por meio do rastreamento regular, que é o principal fator para o sucesso do tratamento e a sobrevida do paciente.


Saiba mais sobre o câncer de próstata

O Ministério da Saúde, através do Instituto do Câncer (INCA) lançou uma cartilha que trata do câncer de próstata, clique AQUI e sabia mais sobre esse tema.


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