Mantida paralisação de 120 horas

Amanhã é dia de Assembléia

A luta contra a PEC 40 não está concluída. A postura dos senadores é a prova do despertar da consciência dos parlamentares que votaram na semana passada contra os servidores públicos e sob forte pressão do governo.

A efetiva mudança de voto está diretamente ligada ao poder de argumentação das categorias. Portanto, vamos intensificar o trabalho nas bases porque ainda é possível reverter este quadro caótico. Hoje, terça-feira (12), diversos senadores já anunciaram que vão modificar o texto que será encaminhado a Casa pela Câmara.

Senadores prometem mudanças na PEC 40

O rolo compressor do governo pode não passar tão rapidamente pelo Senado. Contrariando as recomendações do governo e do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para que a reforma previdenciária seja facilmente aprovada na Casa, senadores de vários partidos, inclusive do PT, criticaram o texto que deverá sair da Câmara dos Deputados e defenderam mudanças.

Para o vice-presidente do Senado, senador Paulo Paim (PT-RS), a reforma aprovada em primeiro turno na Câmara não reflete a opinião dos 81 senadores, que devem divergir sobre questões como taxação dos inativos e regras de transição. O PSDB e o PDT aproveitando a deixa de Paim, já declararam que não fecharão questões quanto à votação da reforma e que deixarão os parlamentares livres para votarem com a consciência. Caso a reforma sofra alterações no Senado o texto volta para a Câmara, onde os deputados analisarão o mérito das mudanças.

Trabalho Parlamentar

Vamos alertar aos Senadores que queremos sim uma reforma previdenciária, mas uma reforma que seja justa, amplamente debatida, que valorize o serviço público brasileiro e agregue os 40 milhões de excluídos.

O governo venceu apenas o primeiro ?round? da reforma. Portanto, colega, não desanime, você é imprescindível nesta luta. Entre em contato com o delegado sindical da sua região, organize-se, da maneira que for possível, o contato com os parlamentares na sua base eleitoral, buscando o compromisso para a defesa e manutenção dos direitos e garantias do funcionalismo.

Insista junto ao parlamentar do seu estado para o que está em jogo na proposta do governo, que é a lógica perversa da privatização e dos fundos de pensão. Somente com ações efetivas nas bases eleitorais será possível reverter alguns pontos críticos da reforma, porque o governo não terá a garantia de repetir a performance anterior, de uma votação na calada da noite.

A DEN lembra aos delegados sindicais que as planilhas com o indicativo sobre a disposição da categoria em dar continuidade ao movimento anti-reforma devem ser enviadas, impreterivelmente, até às 18 horas da próxima quinta-feira (14).

Todos na Assembléia!