O lançamento do Movimento em defesa da Previdência Social e do Serviço Público está marcada para amanhã, dia 9, às 17h, no Auditório da ANFIP, em Brasília.

Já está tudo acertado para depois da Semana Santa a realização do seminário internacional sobre Previdência, intitulado "Reforma da Previdência: Opção ou Imposição?", que acontecerá dia 23, no Gran Bittar Hotel (SHS, Q. 5, Bloco "A"), em Brasília.

O seminário internacional vai contar, na abertura, com a presença do ministro da Previdência, Ricardo Berzoini, e do deputado federal José Pimentel (PT/CE), relator da Comissão Especial de Reforma da Previdência. Além deles, estão confirmadas as participações Lawrence Tompson, um dos principais especialistas do mundo em Previdência Social, autor do livro "Mais Velha e Mais Sábia".

Também participam do seminário o professor de Economia Política da Suíça, François-Xavier Merriend, e o diretor do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França, Bruno Théret. Os palestrantes brasileiros serão os pesquisadores da Unicamp Milko Matijascic e José Olavo Leite Ribeiro.

Os coordenadores do Movimento têm mantido contato com diversos especialistas em mídia, visando a realizar campanhas sobre o tema em jornais, rádios, televisões e outdoors.

Engrossando as fileiras nesta luta, foi criado ontem, dia 7, em Goiânia/GO, o Movimento Goiano em defesa da Previdência Social e do Serviço Público.

A reunião, realizada na sede da AGOFISP e coordenada pelo MOSAP local, reuniu representantes de 18 entidades, que já estão mobilizadas para proteger os direitos dos servidores públicos.

O presidente do CNRE Hélio Bernades (delegado sindical de Goiânia), participou do lançamento do Movimento Goiano e informa que, após a realização do Seminário Internacional, em Brasília, será definida a realização do seminário regional em Goiânia, sendo que a prioridade será reunir todos os parlamentares do estado, buscando o compromisso de deputados e senadores goianos para as questões de nosso interesse.

A Delegacia Sindical do Ceará participou nesta terça-feira, dia 8, do movimento conjunto de 18 entidades sindicais de servidores públicos no Estado em defesa da previdência pública.

Estatutariamente as unidades do SINDTTEN não poderiam deliberar sobre paralisação, mas os TRF´s de Fortaleza protestaram com faixas, panfletos e adesivos. A movimentação aconteceu durante todo o dia em frente ao prédio do Ministério da Fazenda. No período da tarde, às 16h, os colegas partiram em caminhada até o centro da cidade, parando na Sede do Banco Central, em Fortaleza/CE.

O ministro-chefe do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, Tarso Genro, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, reconheceu que os primeiros cem dias do governo foram marcados por dois erros: o discurso da reforma da Previdência e a relação com o funcionalismo.

O ministro acha que o governo deve aprofundar o diálogo com os servidores públicos. ?A forma como foi debatida a reforma da Previdência parecia que estava sendo feita contra os servidores. Isso não é verdade, não é a posição do governo?.

Segundo Genro, o discurso da reforma previdenciária foi totalmente errôneo. ?Nós, que queremos uma reforma social e distributiva, utilizamos como argumento preliminar o combate ao déficit público. Esse déficit precisa ser combatido porque ele é meio e não o objetivo da reforma. Deveríamos ter elaborado melhor esse discurso desde o começo?.

A posição do ministro comprova que o SINDTTEN está no caminho certo. As reformas não podem penalizar os servidores novamente. A aposentadoria dos servidores públicos não pode ser tratada como a grande vilã das mazelas da Previdência Social.

Com a finalização do relatório que será enviado ao Congresso, a respeito da Reforma da Previdência, pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, as especulações tornam-se mais sólidas.

Nessa segunda-feira, o ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, participando do evento de 100 dias de governo do PT, promovido pela revista Exame, declarou que só os militares terão regime especial depois da Reforma da Previdência. Segundo o ministro, as novas regras poderão afetar quem ainda não se aposentou.

Quanto à reforma Tributária, o ministro assegurou que até agosto, parte da proposta será apresentada.

A promessa do ministro foi de que as reformas da Previdência e Tributária serão aprovadas, com ou sem apoio da oposição, ainda este ano.

Em um pronunciamento em rede nacional de rádio e televisão, realizado nesta segunda-feira, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ter sido necessário tomar decisões difíceis nos primeiros três meses de governo. O presidente se referia a elevação das taxas de juros e o corte de R$ 14 bilhões no Orçamento. Lula afirmou, no entanto, que as medidas duras tiveram resultados compensadores. "O dólar caiu, o risco-Brasil caiu mais da metade, a inflação está caindo e os títulos brasileiros lá fora recuperaram muito do seu valor e o crédito externo para nossas empresas já está de volta. O mundo voltou a acreditar no Brasil?.

Mesmo fazendo um balanço positivo dos primeiros cem dias, o presidente disse que continuará governando com prudência. "Agora é seguir em frente, com c ado, sem otimismo exagerado, com os pés no chão, mas com a certeza de que dias melhores virão".