GOVERNO OFERECE AO PMDB VAGA NO CDES

O governo resolveu se aproximar do PMDB. Nessa terça-feira (8), o ministro da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Social, Tarso Genro, ofereceu ao PMDB uma vaga no CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social). O convite chega num momento que o conselho já concluiu as discussões da reforma tributária e previdenciária. Mas, de acordo com o ministro, a participação do PMDB no conselho não será menor.

O CDES é um órgão de consulta da Presidência da República e serve como interlocutor da sociedade civil. O Palácio do Planalto resolveu ampliar o número de integrantes do conselho de 82 para 90. Segundo Tarso Genro, essa ampliação é para compensar a grande maioria de representantes da região Sudeste. A sugestão do Executivo é que o PMDB indique alguém da região Norte do país. Na realidade, a proposta do governo visa convencer o Amazonas a colaborar com a reforma tributária já que o estado é um dos que mais perde com a nova tributação do ICMS. O partido, que na realidade quer um Ministério, ainda vai decidir se indica um nome. (Com informações da Agência Folha)

REGRAS DA REFORMA DA PREVIDÊNCIA PARA OS SERVIDORES

Amanhã, o Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social se reúne de 8h30 às 14h, no Palácio do Planalto, quando debaterá as conclusões dos Grupos Temáticos. O presidente do CNRE Hélio Bernades, que participou das discussões no quarto Grupo Temático como representante do MOSAP, estará presente no encontro.

Segundo cronograma, o relatório conclusivo trará pelo menos quatro novas regras para o regime de previdência dos servidores. Entre elas, o corte de 30 % no valor das pensões, o aumento do tempo de permanência no serviço público, o pagamento das novas aposentadorias pelo salário líq o e a elevação da idade de aposentadoria. A previsão é que essas mudanças, em 30 anos, gerem uma economia de 52 bilhões para a União.

Tarso Genro, ministro da Secretaria do CDES, declarou que o governo pretende atacar os privilégios e não os direitos adquiridos. Pediu ainda que os funcionários esperem a proposta da reforma ser encaminhada para o congresso.

LULA É O PRESIDENTE MAIS BEM AVALIADO DESDE A DÉCADA DE 90, MOSTRA PESQUISA

Pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (8) revela que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva chega aos cem dias no poder como o presidente mais bem avaliado nesse período desde o início da década de 90.

O Datafolha mostra que 43% dos entrevistados avaliam a administração de Lula até aqui como ótima ou boa, enquanto o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso teve 39% de menções positivas em relação aos três primeiros meses.

A pesquisa foi realizada nos dias 31 de março e 1o de abril, com 5.729 pessoas. Segundo o Datafolha, o governo Lula é regular para 40% dos entrevistados, e para 10%, é ruim ou péssimo.

GOVERNO ANUNCIA REAJUSTE DE ATÉ 4% PARA SERVIDORES

Servidores públicos federais protestaram em todo o país, nesta terça-feira (8), contra a proposta de reforma previdenciária do governo, em especial, contra a tramitação do PL-9 (projeto de lei complementar que regulamenta a criação de fundos de pensão para novos servidores).

Para acalmar os ânimos do funcionalismo, o governo deve anunciar o reajuste anual dos servidores públicos, que deve ficar entre 1% e 4%. O Orçamento deste ano prevê um aumento de 2,3%, valor defendido pelo ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu. O Executivo não deve oficializar o reajuste de 1% para evitar um desgaste com os sindicatos da categoria.

O Ministério do Planejamento elaborou uma nova proposta que prevê, além do reajuste linear de 1% para todos os servidores, uma gratificação mensal de R$ 60 para os funcionários do Executivo, que recebem os menores salários.

A mobilização, inicialmente prevista para durar 24 horas, foi marcada por paralisações parciais, protestos e debates. Em Brasília, manifestantes entregaram ao Ministério do Planejamento um abaixo-assinado com cerca de 15 mil assinaturas pedindo o arquivamento do PL-9. A greve atingiu principalmente as universidades, o INSS e a Fundação Nacional de Saúde.

PARALISAÇÃO CONTOU COM POUCA ADESÃO DO FUNCIONALISMO -

A primeira manifestação contra o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contou com a adesão de menos de 1 % do funcionalismo federal, em todo país, cerca de 200 mil funcionários. O intuito do comando de greve era fazer uma paralisação de 24 horas, no entanto, o objetivo não foi alcançado. O movimento teve a adesão parcial em dez estados.

Para o secretário-geral da Confederação Nacional dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (condesf), Gilberto Gomes, a manifestação pode ser considerada positiva. Quanto ao baixo índice de adesão, ele acredita que o funcionalismo ainda aposta no governo, por isso, não aderiram ao movimento.