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Em entrevista ao jornal francês Le Monde, Diretor de Estudos Técnicos do Sindireceita critica texto-base da reforma da Previdência

12 de julho de 2019 às 20:17

Em entrevista ao Jornal Francês Le Monde, na matéria “Deputados brasileiros adotam reforma previdenciária”, o diretor de Estudos Técnicos do Sindireceita, Eduardo Schettino, criticou o texto-base da reforma da Previdência aprovada na Câmara dos Deputados em primeiro turno nesta quarta-feira (10).  (Leia aqui matéria publicada pelo Le Monde).

Schettino questionou como a reforma fará o combate aos privilégios que o Governo usou como argumento para defender a PEC 06/2019. “A polícia não está incluída na reforma, nem os militares, nem parte dos funcionários públicos. Isso é justiça? Sendo assim, 90% das economias esperadas são baseadas naqueles que ganham entre 0 e três vezes o salário mínimo, ou seja, R$ 3000 reais! ”, indignou-se Schettino.

Eduardo Schettino integra o grupo de Estudos Técnicos do Sindireceita, que desenvolveu o projeto Mais Simples Mais Justo (conheça aqui o projeto) e que pode ser uma alternativa à reforma da Previdência defendida pelo Governo Federal. Com a adoção das propostas do Mais Simples Mais Justo, o Brasil poderia arrecadar R$ 3 trilhões em uma década para financiar a Seguridade Social, preservando os direitos da população e fomentando a geração de empregos formais e renda no País.

“Nosso projeto propõe a substituição da contribuição patronal sobre folha de pagamento pela Contribuição Social Dedutível (CS-Dedutível), considerada um instrumento eficaz para alcançar o fluxo de recursos que não são declarados e tributados. A medida possibilitaria a arrecadação de recursos da base de sonegadores no Brasil, também chamada de economia subterrânea”, afirmou Schettino em apresentação do Mais Simples Mais Justo na Câmara dos Deputados.

Na entrevista ao jornal francês Le Monde, o diretor de Estudos Técnicos do Sindireceita afirmou ainda que “o Estado não fará as economias esperadas porque os pobres não serão capazes de contribuírem o suficiente, e os ricos vão optar por um sistema privado, ” concluiu.

O jornal francês Le Figaro, entre outros jornais da França, também replicaram a matéria.

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