Presidenta do Sindireceita concede entrevista para Revista Forbes Brasil

Presidenta do Sindireceita concede entrevista para Revista Forbes Brasil

FORBES 2

A presidenta do Sindireceita, Sílvia de Alencar, foi entrevistada pela Revista Forbes Brasil, uma das publicações mais respeitadas e bem conceituadas do País, e falou sobre a questão dos contribuintes que guardam dinheiro fora do banco, ou seja, mantém valores altos em casa. Na reportagem, foram ouvidos quatro especialistas para responder a esse questionamento levantado pelo repórter, que além da presidenta do Sindicato estão o advogado Barry Wolfe e diretor da Associates Anti-Corruption Advisers, o advogado e coordenador da Comissão Anticorrupção e Compliance do Instituto Brasileiro de Direito Empresarial, Giovanni Falcetta, e o mestre em administração pública pela Harvard, Henrique Flory.

A matéria apresentou como título “DINHEIRO EMBAIXO DO COLCHÃO” e chamou a atenção de que é impressionante a quantidade de parlamentares brasileiros que declaram possuir pequenas fortunas guardadas em casa. A abordagem da reportagem questionou “por que razão vários políticos- além de profissionais liberais e empresários- frequentemente informam em suas declarações de imposto de renda a posse de grande quantidade de dinheiro em espécie em sua residência, escritório ou comitê eleitoral?”.

Sílvia de Alencar concedeu a entrevista para a Revista Forbes Brasil e se posicionou sobre a abordagem da matéria. “Manter dinheiro em casa, ainda que em somas elevadas, não constitui crime ou irregularidade administrativa, desde que o proprietário comprove a origem lícita desses recursos. O fato é que essa ação de guardar dinheiro fora dos bancos expõe uma deficiência da Receita Federal em fiscalizar fluxos monetários e despesas pessoais, facilitando que alguns tipos de crimes possam ser cometidos. A Receita Federal falha ao não promover uma análise de dados, de processos e de declarações do IRRF. Essa ‘falha’ do órgão é resultado de uma gestão ineficiente de pessoal que impede uma atuação mais efetiva no combate a ilícitos tributários e aduaneiros. Servidores da carreira de auditoria da Receita Federal, analistas-tributários, estão sendo subutilizados pela administração e isso só favorece o enfraquecimento da fiscalização. A Receita Federal está estruturada para administrar a arrecadação espontânea, feita pelo bom contribuinte, mas precisa repensar métodos de trabalho que possam resultar em uma fiscalização mais atuante e eficiente, para ser capaz de identificar, atuar e denunciar à Justiça os que enriquecem ilegalmente e se utilizam livremente dos valores monetários obtidos via atividades ilícitas”.

O advogado pela Edinburgh University e diretor da Associates Anti-Corruption Advisers, Barry Wolfe, que já comandou investigações de crimes no mercado corporativo e de apoio a políticas de compliance, falou da inquientante pergunta da Revista. “ Hoje em dia, quase todas as transações normais são realizadas na economia oficial. Se há grande quantidade de ‘cash’ na casa de alguém, pode-se levantar possibilidades as mais diversas, dependendo de quem é a pessoa”, disse Barry Wolfe. O advogado também levantou a questão de que nos últimos anos houve repressão forte aos doleiros brasileiros, o que dificulta mandar fundos ao exterior ou repatriá-los por vias paralelas. Quem sabe por essa razão mais simples declarar a soma e pagar impostos, minimizando riscos com o Banco Central e a Receita.

Acompanhe aqui a matéria na íntegra e veja as opiniões dos entrevistados.