Nota de Repúdio dos Analistas-Tributários de Cuiabá/MT

Nós, Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil em Cuiabá/MT, fiéis às suas diretrizes e princípios, vimos pela presente externar o nosso profundo repúdio e indignação à maneira desrespeitosa e lastimável constante no conteúdo da carta dos Auditores-Fiscais dirigida ao secretário da Receita Federal do Brasil, Jorge Rachid, Processo/Dossiê nº 10030.000654/0515-31.

Lamentamos a atitude degradante como esta, em que os Analistas-Tributários estão sendo expostos publicamente e que, progressivamente, culminam para um clima de conflito entre as categorias e prejudicam a Receita Federal do Brasil e a sociedade como um todo, além de desencadear um ambiente de discórdia nas dependências do Órgão.

Com os episódios das edições das Notas Técnicas da E-COSIT nº 94 e 108, e, agora, com a recente protocolização da carta ao secretário da Receita Federal do Brasil, percebe-se que o diálogo proposto pela Administração do órgão, neste momento, entre Analistas-Tributários e Auditores-Fiscais, fica cada vez mais distante e dificultoso.

Mais grave ainda quando há participação explícita de muitos dos administradores e chefes, quando de forma parcial (assinado a carta objeto deste repúdio, dispensando a intermediação de qualquer entidade representativa), tomam atitudes e condutas negativas em relação aos seus subordinados, causando prejuízos práticos no desempenho de suas atividades e desencadeando um desequilíbrio organizacional no órgão.

É sabido que a degradação do ambiente de trabalho é qualquer conduta que se manifeste, seja por comportamento, palavras, atos, gestos e no caso em questão agravado, por escrito.

Assim, diante dos argumentos impertinentes e arrogantes levados a público pelos AFRFBs como: “insuportável e insustentável a coexistência em uma mesma carreira”, nós, Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil em Cuiabá/MT, manifestamos que:

Insuportável é nos iludirmos que teremos a vida toda para resolvermos nossos pleitos profissionais de forma egoísta;
Insuportável é não nos unirmos para lutarmos por uma Receita Federal do Brasil mais justa e digna para a sociedade;
Insuportável e insustentável é um cargo pertencente a uma mesma carreira querer impor ser superior, por trás de um odioso corporativismo;
Insuportável e insustentável é a incessante e insânia política de segregação de cargos da Carreira Auditoria da Receita Federal, articulada nos porões das Delegacias Sindicais do Sindifisco;
Insuportável é os AFRFBs não buscarem a PAZ em nosso ambiente de trabalho, afinal, ainda que contragosto, pertencemos à família Receita Federal do Brasil.

Acreditamos, portanto, em atitudes racionais, responsáveis e amistosas, as quais permitem a construção de um ambiente de trabalho mais humano e respeitoso e que contribuem ao retorno da boa convivência que sempre existiu entre os servidores da Delegacia da Receita Federal em Cuiabá/MT, até então.

“Os Sindicatos, cujo papel é defender os assalariados deveriam colocar entre os seus objetivos uma proteção eficaz contra assédio moral e outros atentados à pessoa do trabalhador” (Marie – France Hirigoyen).

Veja aqui a Nota de Repúdio assinada.