DERROTA DO GOVERNO NA COMISSÃO ESPECIAL

Entre as metas do Movimento em defesa da Previdência Social e do Serviço público está a construção de uma grande mobilização conjunta em nível federal, estadual e municipal, como estratégia de combate às investidas do atual governo contra o funcionalismo.

Devido a inexistência de um órgão que centralize estas ações, como por exemplo, uma Central Única dos Servidores Públicos (CUP), algumas correntes sindicais definem ações diferenciadas, que freqüentemente causam prejuízos para o movimento, porque pulverizam a força da paralisação.

No universo da Receita Federal, o Sindtten pretende mudar esta realidade e para isto está buscando junto a Unafisco Sindical a construção de um movimento que agregue todas as ações. Resta destacar que esse clamor tem origem nas bases, que exigem da direção nacional uma mobilização forte e coesa.

A Diretoria Executiva Nacional entende e respeita as propostas das lideranças estaduais e informa que, provavelmente, já na próxima semana, estaremos iniciando esta unidade.

O presidente do SINDTEN, Reynaldo Velasco Puggi, e o Diretor de Finanças e Administração ? Paulo Antenor de Oliveira, testemunharam hoje pela manhã a primeira ?derrota? do governo na Comissão Especial da Reforma Previdenciária da Câmara dos Deputados.

O Deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS), 1° vice-presidente da Comissão Especial, apresentou requerimento ao presidente da Comissão solicitando a inclusão de cinco audiências públicas estaduais, a serem realizadas às segundas e sextas-feiras, dias que a Comissão não funciona, nas Assembléias Legislativas dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Porto Alegre e Bahia, para debater com a sociedade a proposta de reforma previdenciária que está em tramitação na Comissão. Antes da votação o SINDTTEN parabenizou o dep. Onyx e desejou sorte. A base governista tentou barrar o requerimento para evitar qualquer atraso na votação da reforma, mas foi vencida por um voto de diferença. Nem mesmo o ?patrulhamento? descarado do Dep. Professor Luizinho (PT/SP), tentando pressionar os parlamentares presentes foi capaz de impedir a derrota.

Para o deputado Carlos Mota (PL-MG), que mesmo sendo da base de sustentação do governo votou favoravelmente à inclusão das audiências, ?o ganho foi significativo, pois acreditava-se que o governo não teria nenhuma dificuldade na Comissão?.

Mas o melhor é que o Deputado Roberto Brant (PFL/MG) não vai dormir hoje. Como Presidente da Comissão errou feio na estratégia de intimidação: para demonstrar a força do governo, abriu a votação se abstendo de votar. Foi um erro crasso. Perdeu a votação por um voto e acabou batendo boca com o Dep. Onyx Lorenzoni. Os aplausos dos servidores encerraram a sessão.

Mas a vitória é simbólica. As audiências públicas estaduais dependem de autorização do Presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, para serem realizadas e o prazo para que aconteçam é até o dia 15 de julho, data limite para a apresentação do relatório.

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PARALISAÇÃO DIAS 25 E 26

Neste segundo dia de luta contra a reforma da Previdência as Delegacias Sindicais de todo o país armaram-se de panfletos, carro de som, faixas e muita disposição para mostrar a população os absurdos que o governo quer fazer com os servidores públicos.

PIAUÍ - Em Teresina, a adesão foi de aproximadamente 90%, entre Técnicos, Fiscais e PCC. Os Técnicos e PCC informaram dos motivos da paralisação aos contribuintes no rol de entrada do prédio do MF. Segundo o delegado sindical José Geraldo, a adesão dos colegas PCC foi FUNDAMENTAL para o fechamento do CAC. A paralisação teve cobertura da imprensa local.

MATO GROSSO ? Em Cuiabá houve adesão de 100% dos Técnicos filiados ao sindicato. Durante todo o dia os colegas permaneceram em frente ao prédio da DRF, utilizando carro de som e distribuindo panfletos com um esclarecimento a população. A manifestação repercutiu na mídia local.

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