PARALISAÇÕES DE 48 HORAS SERÃO MANTIDAS

As paralisações de 48 horas, inicialmente puxadas pelo Sindtten, caminham para a quarta semana de sucesso, ganham força e projeção na mídia. Em Assembléia Permanente, a categoria TRF está atuando conjuntamente com os demais servidores da SRF, em especial os AFRF e PCC, além dos representantes de todas as esferas do funcionalismo. A base está corajosamente colocando o bloco na rua contra a proposta de reforma previdenciária do governo Lula.

As primeiras parciais da AGNU desta semana já indicam que na próxima terça e quarta-feira, dia 8 e 9, estaremos novamente paralisando as atividades nas unidades da Receita Federal.

A Diretoria Executiva Nacional, seguindo orientação do Movimento em defesa da Previdência Social e do Serviço Público que não recomendou a greve sem planejamento estratégico, não endossou o indicativo da plenária nacional do funcionalismo. Essa greve anunciada foi lançada por apenas 12 entidades de servidores federais, e que no seu conjunto não representam a globalidade dos servidores públicos. Os equívocos são muitos, mas destacamos: o eixo da greve - exigem a retirada da PEC 40, fato impossível sob qualquer circunstância o indicativo não foi construído pela base, isto é, primeiro se marcou a forma e a data para depois consultar a base e sobre seu engajamento julho é um mês tradicional de férias do funcionalismo, de férias escolares e do legislativo estadual o que por si só esvazia a mobilização não foi construído um cronograma com a participação dos servidores estaduais e municipais durante o mês de julho a reforma estará tramitando na Comissão Especial, onde a votação se dá por maioria simples não existe registro de uma greve vitoriosa no serviço público, dessa duração e amplitude, pelo qual devemos construir a mobilização passo a passo. Concluindo, é um barco furado igual a ?grande greve? promovida por estas entidades em 2001. Fiasco do primeiro ao último dia.

Ressaltamos que a Central Única dos Servidores Públicos, lançada nesta semana, em Brasília, congregando mais de 50 entidades dos três Poderes nas esferas federal, estadual e municipal, e da qual o Sindtten é um dos fundadores, considera, também, que este ainda não é o momento para deflagrarmos a greve por tempo indeterminado.

Nossa estratégia pela manutenção das paralisações de 48 horas, visa sensibilizar e esclarecer vereadores, deputados estaduais e federais da base aliada, engrossando a voz dos servidores, que são os verdadeiros agentes que promovem a justiça social.

A greve geral é uma poderosa arma que somente deve ser utilizada após termos esgotado todas as possibilidades para a abertura de diálogo e do amplo debate com o governo. Caso o governo não retroceda em sua intransigência estaremos consolidados e preparados para dar a dura resposta no momento oportuno.