TÉCNICOS VAMOS A LUTA!

No final do ano passado os brasileiros presenciaram a esperança vencer o medo. Mas inacreditavelmente em apenas seis meses de governo vemos que a esperança mudou de lado, e está se desmanchando.

Passando o rolo compressor e preparando estrondosos acordos o governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva deseja aprovar uma reforma previdenciária, que foi adaptada de governos anteriores, que culpa o funcionalismo pelas mazelas brasileiras e que propõe a destruição do Estado brasileiro, conseqüentemente abalando a toda sociedade.

Cientes dos absurdos propostos, a categoria dos Técnicos da Receita Federal não esmoreceu e, assim como o presidente Lula em seu passado, colocou literalmente o bloco na rua e protestou contra as aberrações que o governo Lula propõe na PEC 40. Em Assembléia Geral Nacional Unificada os Técnicos deliberaram inicialmente por paralisações de 24 horas e depois sentiram que havia necessidade de fazer a mobilização crescer, promovendo paralisações de 48 horas e de 72 horas.

As paralisações foram um sucesso! A cada semana o movimento se intensifica e ganha repercussão na mídia nacional. Esta foi a sétima semana de paralisação. Nas paralisações os Técnicos não só cruzaram os braços, mas promoveram diversos atos, mostrando a sociedade seu valor e organização. Presenciamos a solidariedade dos colegas de Santa Maria, a irreverência em Curitiba, os diversos protestos, a distribuição de panfletos, as passeatas, as faixas, as camisetas, as bandeiras, os contatos com os parlamentares, diversas ações por todas as delegacias sindicais do país.

No entanto, ontem, após manobras do governo vimos, novamente, o desrespeito ao servidor público com a aprovação do relatório do deputado José Pimentel (PT/CE), que manteve a espinha dorsal do texto encaminhado pelo governo Lula. Mas é bom que o governo não cante vitória antes do tempo, pois a Comissão Especial pode ter sido submissa, mas a decisão cabe agora aos 513 deputados e 81 senadores. É hora de intensificarmos o movimento e convence-los de que o maior prejudicado com esta reforma é o país. Vamos fazer contatos com os parlamentares, mandar e-mails, cartas, telefonar, fazer valer nossos votos, nossos direitos.

A decisão é sua. Ou lutamos com unhas e dentes ou vemos o rolo compressor acabar com a dignidade de uma das categorias que sustenta o Brasil. Contamos com a participação de todos nas Assembléias e paralisações. Chamem familiares, colegas que ainda não aderiram ao movimento e agarrem uma das últimas oportunidades de salvarmos o serviço público brasileiro. Não desanimem!

Protesto de TRF e outros servidores fecha a Ponte da Amizade

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Os manifestantes inicialmente fizeram uma concentração no pátio do DNER e, em seguida, puxados por um potente carro de som, marcharam até a pista de entrada da Ponte da Amizade, interrompendo, por uma hora e meia, o tráfego de veículos naquela estratégica ligação entre o Brasil e o Paraguai.

Na concentração na Ponte da Amizade, o presidente do CNRE (Hélio Bernardes), outras lideranças sindicais e parlamentares da região fizeram inflamados discursos de protestos contra a maléfica reforma da previdência e a política neoliberal do governo. Por várias vezes, os manifestantes lembraram da traição do PT aos servidores públicos.

Ao final, os servidores cantaram o hino nacional e retornaram em passeata ao ponto inicial da concentração.

O protesto ocasionou um engarrafamento monstruoso e teve ampla cobertura da imprensa regional e nacional.

Também participaram do evento representantes do Sindtten de Curitiba, Paranaguá, Ponta Grossa, Maringá, Londrina, Cascavel, CEDS-PR e o Diretor da DEN Alcione Policarpo.

Comemorando o sucesso do protesto, os colegas de Foz já estão organizando-se para outras manifestações estratégicas como a que foi realizada esta semana.

A DEN parabeniza todos os participantes deste importante evento, em especial ao colega Sérgio, delegado sindical de Foz, que muito empenhou-se para o resultado alcançado!

Informes da Paralisação desta semana

São Paulo - A delegacia de São José dos Campos ficou paralisada nos dias 22, 23 e 24. No período de atendimento ao público os colegas permaneceram em frente ao prédio da delegacia dando orientações e atendendo a casos urgentes. Os Técnicos ainda promoveram reuniões para avaliar o movimento. O pessoal da aduana também aderiu ao movimento.

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