Líderes adiam distribuição das Comissões para esta quinta-feira

Cada hora do dia de hoje, até a votação do projeto da Super-Receita, será de expectativas. A volatilidade do cenário que se movimenta entre o que é correto e justo e o que é interesse e poder forma um colossal vale onde convivem os interesses mais díspares. Entre o compromisso assumido num acordo de procedimentos entre nós e as lideranças da Câmara dos Deputados para permitir a fluição do projeto dentro do processo legislativo (com os debates nas comissões, audiências públicas, os acordos, as negociações) e o retorno do projeto à Câmara novamente houve uma mudança radical no discurso tentando inverter a lógica do entendimento do significado da palavra ?acordo?. Vejam quanto espaço há entre o sim e o não, o ligado e o desligado o certo e o errado.

Esse ?acordo? (substantivo que no ambiente político se relativisa no seu significado) consistia em que respeitaríamos a fluição, mas interviríamos na questão de mérito durante a tramitação no Congresso. No Senado, onde foi criado o espaço de maior qualidade no debate, obtivemos avanço no reconhecimento dos nossos pleitos. Havia um relator isento, que conhecia a matéria administrativa e tributária de várias outras relatorias, com reconhecido domínio da proposta e que abriu o debate e ouviu as posições de todas as partes interessadas. Produziu um excelente relatório, em alguns pontos avançados demais para a atual cultura da nossa burocracia, onde os senadores daquela casa pediram o compromisso com a manutenção das alterações lá acrescentadas.

A administração da Receita Federal, que fala pelo governo nessa matéria, só não tem coragem de escrever numa nota do informe-se! a sua posição oficial quanto às emendas ao projeto que interessam aos técnicos da Receita Federal. Mas as ataca, usando o poder do governo, com plena coragem contra elas nos espaços reservados ao núcleo decisório do executivo e do legislativo. É nesse cenário que o Sindireceita trabalha pela categoria esses anos todos, como um David tendo que combater um Golias a cada vez que alguma legislação referente a administração tributária é debatida. A título de curiosidade, tentem imaginar a situação daquelas categorias de servidores públicos que não têm o mínimo de organização.

Para manter esse nível de enfrentamento do modo como nós conseguimos é preciso muita unidade, e isso nós temos tido. É preciso que cada um dos técnicos seja um combatente nessa e noutras batalhas. Cada um pode encontrar uma maneira de contribuir dispondo-se a buscar contato com algum parlamentar para pedir o apoio às emendas do Senado nº 01 e nº 27. É preciso dizer, em alto e bom som, aos administradores que esse modo de agir com os TRF não vaticina um bom futuro para a casa. As intransigências que se manifestam na Receita Federal são fruto de uma doutrina corporativista e patrimonialista dominante no serviço público em geral, mas que no órgão assumem forma patética. E o que se preconiza com a Super-Receita, nos moldes como a sua construção política está sendo feita, com a administração tentando atropelar os interesses de uma parcela importante dos seus servidores, mostra que o câncer está vencendo o corpo, e o nosso destino vai ser cada vez mais termos a capacidade de nos superar na nossa organização e unidade.

O nosso campo de batalha, graças a Deus, é o Congresso, e quem vota são os deputados não o governo da Secretaria da Receita Federal. Cada técnico tem que ter consciência de que pode falar com seu deputado, de qualquer partido, pedindo apoio às nossas emendas.  Só se vence quando se luta junto.

Votação da Super- Receita é adiada

 para hoje

Um acordo das lideranças partidárias em relação aos procedimentos de votação adiou para esta quinta-feira (08) a discussão e votação das emendas do Senado ao Projeto de Lei 6.272/05, do Poder Executivo, que cria a Super-Receita.

A liderança do governo se reuniu, ontem à tarde, para discutir a votação do PL 6.272/05. O encontro contou com a participação de parlamentares de vários partidos da base aliada além do secretário da Receita Federal Jorge Rachid.

Representantes do Sindireceita realizam trabalho parlamentar na Câmara

"" align="alignnone" width="400" caption=""]

Pela manhã, os representantes do Sindireceita se reuniram com o deputado federal Vilson Covatti (PP/RS). O deputado inclusive, participou da reunião na liderança do governo que tratou da tramitação do PL 6.262. O deputado Sandro Mabel (PR-GO) também esteve presente na reunião e afirmou que ainda havia pontos de divergência sobre o parecer apresentado pelo deputado Pedro Novais (PMDB-MA).

"" align="alignnone" width="400" caption=""]

Ainda pela manhã, membros do Sindireceita foram recebidos por deputados que do PCdo B e do PMN. A deputada federal Vanessa Grazziotin (PC do B/AM) recebeu os representantes do Sindicato, que também se encontraram com o ex-presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PC do B/SP). 

"" align="alignnone" width="400" caption=""]"" align="alignnone" width="400" caption=""]

A reunião também contou com a participação dos parlamentares do PMN. O deputado Sérgio Petecão (PMN/AC) apóia a aprovação das emendas defendidas pelo Sindireceita. O deputado também tratou do tema com o colega de partido Francisco Tenório (PMN/AL).

"" align="alignnone" width="400" caption=""]

O presidente do Sindireceita, Paulo Antenor de Oliveira também discutiu a tramitação do Projeto que cria a Super-Receita com parlamentares do PT. Paulo Antenor se reuniu com os parlamentares Walter Pinheiro (PT/BA) e Tarcísio Zimmermann (PT/RS).

"" align="alignnone" width="400" caption=""]"" align="alignnone" width="400" caption=""]

No período da tarde, Paulo Antenor falou das emendas que interessam a categoria ao deputado Márcio Junqueira (PFL/RR) que manifestou apoio à aprovação do PL 6.272/05.

"" align="alignnone" width="400" caption=""]

Em seguida, representantes da DEN pediram apoio parlamentar ao líder do PTB, Jovair Arantes, ao deputado Osmar Serraglio (PMDB/PR) e ao deputado federal Paulo Pereira (PDT/SP). Os parlamentares também estiverem presentes, ontem à tarde, na reunião para definir a distribuição das presidências das Comissões que foi adiada para hoje.

"" align="alignnone" width="400" caption=""]"" align="alignnone" width="400" caption=""]

No final da tarde, o presidente do Sindireceita, Paulo Antenor, e o diretor de Aposentados e Pensionistas, Hélio Bernades, se encontraram novamente com o deputado Tarcísio Zimmermann (PT/RS) que apoiou mais uma vez as reinvidicações da categoria. Além do presidente e diretores da DEN, estiverem presentes os delegados Arnaldo Severo (Palmas/TO), André Luiz Fernandes (Divinópolis/MG), Jorge Luiz Moreira (Maringá/PR), Wagson Lindolfo José (Goiânia/GO) e o presidente do CEDS/MG, João Jacques Pena. Nesta quinta-feira, representantes e Técnicos do Sindireceita continuam com o trabalho parlamentar no Congresso Nacional.

"" align="alignnone" width="400" caption=""]

Os líderes dos partidos adiaram para hoje, às 14 horas, a reunião distribuição das presidências das comissões. Segundo o líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ), que participou da reunião ontem, os dois maiores blocos (PMDB-PT-PTB-PP-PR-PSC-PTdoB-PTC e PSDB-PFL-PPS) estão com dificuldades de acomodar as demandas por causa de seu tamanho.

O líder do PSDB, deputado Antonio Carlos Pannunzio (SP), negou que haja querela entre os partidos que compõem seu bloco. Ele lembrou que foi realizado ontem um almoço entre as lideranças do PSDB, do PFL e do PPS para "afinar os instrumentos". (Informações da Agência Câmara)

Novas lanchas da Receita vão ajudar no combate ao contrabando no RJ e ES