Editorial

Ontem, 1º de maio, foi comemorado o Dia do Trabalho. O estabelecimento dessa data, que congrega os trabalhadores e é sinônimo de manifestações em quase todo o mundo, se deu a partir de 1889 por deliberação do Congresso Internacional Operário Socialista, que se reunido no dia 14 de julho daquele ano, na cidade de Paris. Esse ?Dia Universal do Trabalho? foi uma homenagem aos mártires da luta operária assassinados durante um movimento grevista, na cidade de Milwaukee, nas proximidades de Chicago, em 1º de maio de 1886. A luta motivada pela redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias, foi violentamente reprimida pela polícia e desencadeou uma série de acontecimentos que marcaram e influenciaram fortemente a luta dos trabalhadores em vários países.

Para o Sindireceita esta é uma data de suma importância por nos fazer lembrar como a luta histórica da classe trabalhadora, fortalecida por esse episódio e muitos outros que exigiram sacrifícios até mesmo de vidas humanas, fazem parte do patrimônio de todo sindicato que tem na solidariedade o princípio propulsor da construção de uma sociedade mais justa. A solidariedade foi uma das primeiras armas ideológicas forjadas pela luta dos trabalhadores, no início da Revolução Industrial, quando se combatiam as condições desumanas de trabalho de homens e mulheres e a exploração da mão-de-obra infantil.

É esse sentimento que pressiona a humanidade na busca da equalização nas relações injustas entre capital e trabalho que atua tanto no sentido vertical, quando traz do seio da classe dominante elementos que tencionam pela diminuição da exploração, como no sentido horizontal, quando conscientiza os explorados da sua condição, refletida no seu semelhante, e os faz se organizar em sindicatos e outras estruturas democráticas para atuar na mudança da realidade que lhe é adversa.

Não vivemos mais num mundo que tolere os níveis de injustiças que a luta dos trabalhadores conseguiu reduzir significativamente. Mas estamos longe de uma sociedade em que o trabalhador esteja protegido das agressões aos seus direitos. Só uma coisa é certa na dinâmica incerta da sociedade: é a organização dos trabalhadores nos seus sindicatos que possibilita um nível de intervenção na realidade capaz de assegurar a manutenção ou o avanço das nossas conquistas. Sem esse instrumento catalisador dos anseios e formador de consciência política das categorias de trabalhadores, seríamos cenários da história e nunca atores dos nossos destinos.

Deputado Federal Paulo Pimenta (PT/RS) se reúne com representantes da DEN