Editorial

O Sindicato Nacional dos Técnicos da Receita Federal (Sindireceita) tem buscado, de forma clara, definir seu papel no cenário sindical. Temos como missão a defesa dos interesses da categoria e sua valorização profissional. Para tanto, levando em consideração o nosso habitat laboral, temos discutido e implementando estratégias que tem como foco a consolidação do nosso cargo através da implementação de um modelo de carreira que propicie o desenvolvimento integral do Técnico da Receita Federal dentro da estrutura do órgão e o exercício pleno de suas atribuições. Até ai nada de novo, haja vista a origem da carreira ARF (antiga ATN) trazer consigo esse caráter original e a nossa luta pelo resgate efetivo dessa condição.

A grande questão que nos diferencia dos demais sindicatos tradicionais, que variam dentro do espectro do peleguismo ao do aparelhamento político de sua estrutura, é o método de ação que buscamos implementar. Não descartamos a greve como instrumento radical e último de defesa dos nossos interesses. Já a utilizamos, durante a tramitação da MP 258 (Super-Receita), com o intuito de não termos o nosso trabalho restringido pela ação da casta dominante da estrutura da Receita Federal hoje. Mas temos plena consciência que esse instrumento, principalmente no serviço público, precisa de muito bom senso para ser utilizado. Ao defendermos o Estado Democrático de Direto e reconhecermos a necessidade da unidade da luta dos servidores públicos com os legítimos interesses da sociedade, queremos fazer da nossa ação sindical, também, um ato de radicalização democrática. Isto é, ocupar todos os espaços políticos para defender o serviço público de modo geral e o Técnico da Receita Federal, em particular, sempre contemplando a introdução de mecanismos de representação social nas estruturas das instituições do Estado. E para alcançar este mister partimos de peito aberto para o debate com a sociedade na busca da elaboração de uma proposta de Administração Pública que se legitime pelo reconhecimento da importância de um Estado forte, eficiente e justo na construção do bem comum, que seja indutor de desenvolvimento e que tenha a capacidade de se renovar e de se reestruturar de acordo com as exigências da sua realidade objetiva e em consenso com a sociedade.

Sindireceita visita Comissão Mista de Orçamento