Realmente, tem entrega de chefia

na Receita Federal?

Os boletins diários de uma conhecida entidade sindical vêm, há mais de um mês, veiculando notícias sobre a sucessiva entrega de funções por seus representados. Como até agora a Receita Federal do Brasil continua funcionando com recordes de arrecadação e com o PIR/2008 transcorrendo na mais absoluta normalidade, restam as seguintes hipóteses sobre o fato:

Hipótese 01 - A entrega de funções é um tremendo faz-de-conta. As "autoridades", vêm a público, tiram fotos nas melhores poses possíveis e, depois, retornam ao trabalho com toda normalidade.

Hipótese 02 - As chefias supostamente entregues são totalmente dispensáveis ao normal funcionamento da Receita Federal. Então, para se economizar dinheiro público, a melhor opção não seria extingui-las de vez?

Hipótese 03 - Os servidores ocupantes que dizem ter entregue as funções de chefia não têm uma produção razoável no serviço, ou melhor dizendo, não desempenham suas funções como deveriam. Então, não fazem falta ao normal funcionamento do órgão.

Seja como for, há uma forma objetiva de sabermos a verdade: basta verificarmos quantas destas valorosas "autoridades" que exercem funções de confiança tiveram ponto cortado em razão da greve. Pois uma vez entregue as chefias, não lhes resta outra saída que não participar do movimento. Alguém aí tem os números?

Por outro lado, caso as chefias tenham sido realmente entregues, cabe à administração da Receita Federal substituir imediatamente esses servidores. Caso contrário, estará sendo conivente com uma postura faz-de-conta, cuja única finalidade é tentar fortalecer o combalido movimento paredista da categoria da qual faz parte, revelando uma omissão extremamente corporativista. Sendo assim, como forma de respeito ao contribuinte, toda a direção da Receita Federal é que deve ser imediatamente substituída pelo governo.