Desafio: estabelecer justiça na Receita Federal

A abertura do IX Congresso Brasileiro dos Técnicos da Receita Federal (CONBATTEN) foi dominada pelo orgulho com as conquistas e o otimismo dos delegados sindicais. Na noite do último sábado (26), em São Paulo, a diretoria do SINDIRECEITA recebeu parlamentares, ex-presidentes e dezenas de TRF de todo o país que vão discutir os desafios da carreira para os próximos anos. "Esse é um CONBATTEN diferente dos anteriores porque é totalmente voltado ao planejamento das reivindicações e da estrutura de uma carreira reconhecida. Serão seis dias de trabalho intenso, de discussões e debates que vão nortear a ação do sindicato para os próximos anos", informou Paulo Antenor de Oliveira na abertura dos trabalhos.

Discursaram na solenidade de abertura do IX CONBATTEN os deputados Arnaldo Faria de Sá (PTB/SP) e Luiz Gonzaga (PSDB/AC) o professor da Fundação Getúlio Vargas, Angelino Santos e dirigentes do Sindireceita: Jether Lacerda, Reynaldo Puggi, Carlos Paz, Antonio Carlos, Hélio Bernades e Paulo Antenor de Oliveira.

O consultor e professor da Fundação Getúlio Vargas, Angelino Santos, ressaltou que a unificação das carreiras de auditoria da Receita Federal é uma questão de justiça, já que "os TRF fazem muita falta à Receita e a greve ? a mais longa da categoria - demonstrou isso. A categoria tem um dos mais exemplares quadros de servidores competentes e comprometidos com a nação e a sociedade".

Hélio Bernades, ex-presidente e diretor do MOSAP, ressaltou seu orgulho de ver os TRF num momento de crescimento e de reconhecimento: "quando vejo que somos recebidos com respeito no parlamento, temos voz na defesa dos nossos direitos e tudo isso foi sedimentado pelo trabalho da nossa categoria que não se intimida com ameaças e retaliações".

Carlos Paz, diretor do CEDSSP, lembrou que o SINDIRECEITA conseguiu expor os problemas corporativistas da Receita Federal com a sociedade e com a mídia, interrompendo um processo de imposição que não existe em nenhum outro órgão público, pois uma categoria queria ter status de Ministério Público e de corregedoria, sem respeito aos servidores e ao contribuinte.

Reynaldo Puggi, presidente do CNRE, enfatizou que sem o SINDIRECEITA a carreira de Técnico já teria sido extinta. Lembrou as lutas desde 1997 e traçou as conquistas da categoria, mas deixou claro que vêm muitas lutas por aí: "não podemos nos render jamais porque somos Técnicos".

Jether Lacerda fez referências ao importante trabalho parlamentar no esclarecimento das reivindicações dos Técnicos e como a categoria tem sido recebida com respeito e indignação, afinal a administração da Receita Federal não tem sido isenta na negociação com os Técnicos por uma carreira reconhecida.