Dia do Trabalhador

Desde os primórdios da história humana aprendemos o valor do trabalho.

 

Nossos ancestrais evoluíram e assumiram seu lugar no ambiente, principalmente pela capacidade de criar produção a partir do esforço coordenado e do desenvolvimento e utilização de ferramentas adequadas, que levaram a uma vantagem evolutiva determinante.

 

Desde aqueles tempos imemoriais até os dias atuais, o que tivemos foi o desenvolvimento do trabalho e, com o passar das eras, das relações provenientes dessa atividade.

 

Durante o aprimoramento da humanidade, a administração do trabalho nos levou à ciência econômica que tem como finalidade garantir a subsistência da humanidade, criando conhecimento que permita que os frutos do trabalho atendam às necessidades de todos no decorrer do tempo, consideradas sempre as variáveis possíveis para o suprimento dessas necessidades.

 

E, nesse meio, se permitiu transformar também o trabalho em um bem mensurável.

 

E daí todas as relações de trabalho foram transformadas e se passou a contar com este, não apenas como meio de subsistência, mas também como gerador de riqueza, em geral mais para alguns e detrimento de outros.

 

Dessa relação de interdependência econômica que se criou entre capital e trabalho – uma relação em geral conflituosa – se fez necessária a associação dos trabalhadores para juntar forças e defender os interesses humanos ante os anseios, sempre vorazes, da estrutura de capital, está permanentemente ansiosa em multiplicar-se pelos mais diversos motivos, alguns bons, outros nem tanto.

 

A organização sindical surge, portanto, no papel de união de esforços dos trabalhadores em luta para assegurar os direitos necessários à sua segurança e subsistência e, ainda, para buscar garantir à pessoa trabalhadora que o fruto do seu esforço lhe seja justamente remunerado e que as horas da sua dedicação ao labor garantam o retorno adequado, permitindo o seu desenvolvimento, o suprimento da sua família e a evolução da sociedade, de forma comunitária.

 

Fica evidente, portanto, que a organização dos trabalhadores através do seu sindicato, mais do que um simples direito, revela-se uma imperiosa necessidade, considerando que somente através da união de todos se conquista a força necessária para fazer reconhecer e valorizar corretamente o produto do trabalho, colocando as pessoas no seu devido patamar de importância e buscando justiça na relação entre capital e trabalho.

 

Assim, neste dia 1º de Maio, é essencial lembrar que toda a produção da humanidade nasce do trabalho.

 

A essência de tudo que temos tem origem no esforço de pessoas que, desde os primórdios, dão o seu tempo e sua força física ou intelectual para gerar bens e serviços necessários à subsistência e o desenvolvimento humanos.

 

No momento pelo qual passamos, em todo mundo, onde milhões de pessoas estão ameaçadas por uma pandemia e outros milhões se encontram privados do trabalho, devemos refletir com mais atenção sobre a dignidade do trabalho humano e sobre a humanidade do trabalho futuro.

 

Em particular, devemos refletir sobre o papel do Estado e de seus trabalhadores, servidores públicos, como agentes garantidores de direitos universais e indutores de uma sociedade mais justa e igualitária, onde todos sejam assistidos e todos tenham oportunidades.

 

O futuro deve ter o ser humano como foco. Trabalhadoras e trabalhadores, em força unificada em prol do desenvolvimento da nossa sociedade, reforçando nossa luta em comunidade e organizados na nossa estrutura sindical, que é a guarida dos nossos direitos.

 

Não venceremos a guerra contra a desumanização do trabalho sozinhos.

 

A luta exige solidariedade, organização e parceria!

 

Andemos então de mãos dadas e ombros unidos em direção a um futuro melhor.

 

 

 

Diretoria Executiva Nacional do Sindireceita